“A arquitetura da informação é uma questão de política pública”
Esta é uma frase do artigo do jornalista Rodrigo Lara Mesquita, na Folha de São Paulo, sob o título O Jornalismo entre a sobrevivência e a relevância.
Esta é uma frase do artigo do jornalista Rodrigo Lara Mesquita, na Folha de São Paulo, sob o título O Jornalismo entre a sobrevivência e a relevância.
Trago este tema, por concordar com tudo que Rodrigo Lara citou em seu artigo. E, mais ainda, concordo totalmente com o trecho que indiquei no título e acrescento a conclusão que o próprio jornalista faz em seu artigo:
“precisamos reinventar o Jornalismo”.
A escolha por tratar sobre esta temática, bateu forte quando eu li a matéria Em sua primeira fala com a imprensa, Papa Leão XIV clama pelo fim da "guerra de palavras", de Felipe Eduardo, no site da rádio Centro-Oeste.
Neste texto, Felipe inicia dizendo que o pontífice reforça papel da imprensa na construção da paz e pede comunicação responsável.
“A paz começa com cada um de nós, com a forma como olhamos para os outros, ouvimos os outros e falamos sobre os outros. Precisamos dizer não à guerra de palavras, de imagens".
O Papa ainda disse que “o sofrimento dos jornalistas presos desafia a consciência das nações e da comunidade internacional. É preciso uma comunicação que rejeite o extremismo e o ódio, e que saiba capturar a voz daqueles que não a têm”, enfatizando sobre os dados organização Repórteres sem Fronteiras, que registrou quase 550 jornalistas encarcerados até dezembro de 2024.
Eu sou um jornalista apaixonado pela profissão e faço o meu trabalho com muito amor. Sempre busco preservar a essência do ofício jornalístico, como já mencionei em outro texto aqui no LinkedIn, utilizando os métodos mais básicos do Jornalismo, entre eles, os velhos e bons bloquinho e caneta, além de uma leitura com afinco sobre o tema a ser escrito, bem como uma apuração profunda e atenciosa das informações.
Estes elementos tradicionais da profissão jamais sairão de moda e são essenciais para a continuidade do bom Jornalismo.
E são eles que serão, a meu ver, as ferramentas essenciais para a reinvenção do Jornalismo, como cita Rodrigo Lara, afinal, para mim, o Jornalismo já passou por uma época em que era mais pontual, com apurações de informações mais rigorosas, e ainda era mais confiável para as pessoas. Hoje, inclusive, isso deveria ser uma premissa ainda mais básica.
A tecnologia, que trouxe muitos benefícios para o mundo todo, trouxe, também, perigos diversos, ainda mais quando incluímos a IA neste contexto. Eu sou a favor da tecnologia no dia a dia profissional, especialmente da Inteligência Artificial, mas sempre prego pela cautela, uma vez que estas ferramentas precisam ser nosso apoio e não nossos funcionários.
Algo que já falei muito é sobre o furo de reportagem ter morrido, afinal, com a tecnologia, muita gente antecipa as informações de qualquer lugar e a qualquer hora. Na contrapartida, e infelizmente, criaram-se ‘profissionais de comunicação’, que se consideram jornalistas, executando nosso papel de forma totalmente equivocada.
Isso é perigoso! Quando não se sabe o que e como faz, é mais fácil trazer problemas iguais aos que enfrentamos dia a dia, e mencionados pelo Papa.
O Jornalismo não é brincadeira! O Jornalismo sempre foi tido como o Quarto Poder, pelo força que tem em diversos âmbitos.
Eu acredito que o Jornalismo precisa se reinventar, mas sem perder de mão sua principal base de atuação, que é ouvir todos os lados e com apuração criteriosa dos fatos, certificando-se da veracidade das informações.